quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Planeta dos macacos





Rever filmes vistos há muuuuuuuuito tempo atrás tem se mostrado uma surpresa agradável.
Quem já viu esse O Planeta dos Macacos, de 1968, deve lembrar do final impactante, mas, talvez o resto acabe perdido na memória, assim como aconteceu comigo. Devo ter assistido esse filme há pelo menos uns 15 anos.
Para quem não sabe, esse filme relata a história de humanos que viajam quase na velocidade da luz pelo espaço e acabam caindo num planeta dominado por macacos.

Temos aqui uma história interessante, com um ritmo muito bom e uma maquiagem convincente para os dias atuais, imagine naquela época. Não foi a toa que ganhou Oscar de maquiagem e se tornou um clássico da ficção. É um baita filme!

Agora a missão é ver a saga clássica completa... Faltam 4 filmes.




Quando o marido veio com essa de ver Planeta dos macacos, pensei, caraio ficção cientifica de novo. Eis que dou meu braço a torcer e retorcer.
Caracas que filme bom.
Eu fiquei imaginando o povo em 68 tendo suas mentes explodidas com o final. Muito bom.
Maquiagem bacana bem convincente. Adorei! Charlton Heston todo galã, conquistando o coração da selvagem Nova.

Depois de ver o filme,e antes de fazer minha critica,  fui ler um pouquinho sobre Charlton Heston, me apaixonei pelo o que descobri.
Liberal, fazia campanhas para candidatos à presidência como Adlai Stevenson e John Kennedy. Foi ativista pelos direitos civis dos negros, ele acompanhou em 1963 Martin Luther King durante a Marcha pelos direito civis, chegando a usar uma faixa onde se lia “Todos os homens nascem iguais”.

Entenderam?

“Todos os homens nascem iguais”.

Fica a dica! Seres humanos malditos do inferno.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Serguei Eisenstein - Uma autobiografia




"Serguei Eisenstein - Uma autobiografia", não é o que podemos chamar de um documentário comum.
A impressão que ficou foi a de que foi realizado somente um emaranhado de videos com trechos dos filmes do cineasta soviético e que colocaram lá no meio imagens de quando ele gravou, só para constar a cara dele, e com algumas narrações soltas sobre a sua vida.
Nada está de forma linear nem mesmo as imagens de seus filmes.
É obvio que o cinema de eisensteiniano não é fácil de entender e que sua obra foi repleta de ideais. O próprio participou ativamente do cenário politico da época e sua obra é reflexo desse estado, onde ele o usou o cinema além da expressão artística.
Para compreender o documentário é necessário uma prévia imersão na obra do cineasta antes de se aventurar em uma vídeo biografia tão introspectiva.
Suas visões sobre cinema o levou a escrever dois livros que são até hoje referência para qualquer aluno que deseja se embrenhar no universo cinematográfico. Além da criação de técnicas de montagem. Para ele os fragmentos que compõem a montagem refletia diretamente no espectador, a forma como essa mensagem iria ser recebida, a sobreposição de imagens cria a ideia do todo e cabe ao espectador formá-las.
Totalmente ligado ao teatro, ciências, matemática e a psicologia, as técnicas de Eisenstein sobre montagem torna-se complexas ao expectador, não é o tipo de cinema que estamos acostumados a lidar ele exige mais atenção. Se um dia você se aventurar perceba o ritmo das  imagens as sobreposições. Divirta-se!

Mais uma consideração sobre o filme em questão o DVD da Continental é péssimo, as vezes dá a impressão de que falta legenda, pela forma como ela foi concebida, as vezes a legenda termina e a voz dele paira ainda muito tempo sobre as imagens, fora que ela foi concebida em cima de uma outra legenda com uma colagem horrorosa  dá para ver o defeito, os pedaços da legenda original. Terrível. Nota zero para a Continental.






- O que tá acontecendo? - perguntei
- Ele tá mostrando alguns tipos diferentes de edição e como isso influi no filme. Percebeu que você riu quando estava em câmera lenta? - patroa
- Hum - ok, é fácil me fazer rir.
- Agora ele acelerou, dando mais tensão. A música também ajuda nisso - patroa
- Ah.
Depois de um tempo de filme, acabei parando de perguntar e tentei me acomodar da melhor forma possível para uma sonequinha.

Pela sinopse era para ser um documentário sobre Sergei Eisenstein, mas, não foi isso o que me entregaram. Pelo menos não da forma que eu entendo que deve ser um documentário.
Era uma colagem de cenas, que no meu entendimento, não tinham muita ligação.
Pelo menos o soninho foi bom.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os 12 macacos





Há uns 10 anos, o jovem Gustavo, com mais cabelos na cabeça, assistia uma ficção cientifica que falava sobre um futuro apocalíptico e não entendia muita coisa.
O filme me parecia estranho - o Sr. Terry Gilliam, diretor, é o culpado disso – e a viagem no tempo que acontecia me deixava confuso.
Esse era Os 12 macacos para mim.

Com cabelos a menos e anos a mais, o que vi ontem com a patroa foi uma excelente ficção científica... um baita filme!
Na nossa história  um vírus quase acabou com a humanidade, os poucos sobreviventes vivem num submundo e partem em busca de uma vacina contra o tal vírus
Não que seja um filme complexo, mas, você precisa de um tiquinho de foco para captar as viagens no tempo que ocorrem no filme e como isso impacta os próximos passos do protagonista vivido por Bruce Willis, que está ótimo no papel. Mas, quem rouba a cena é sem dúvida Brad Pitt. Fantástico! Acho que é o melhor papel que eu o vi fazendo ao lado do cigano em Snatch - Porcos e Diamantes.



Quando o filme é muito bom dá até medo de falar.
É muito difícil lidar com o impacto de que quase toda população mundial foi atingida por um vírus mortal, só aí o filme merece grande atenção.
Aí Terry Gilliam me vem com uma máquina do tempo e Sr. Bruce Willis com uma difícil missão, descobrir qual foi esse vírus e talvez mudar toda história.
Eis que como um tapa na cara você descobre que tudo é um ciclo, e que não se pode mudar o futuro nem mesmo influenciar o destino.
Mas o melhor do melhor é a atuação do Brad Pitt, sem palavras.
Achei desnecessária a fala da atriz Madeleine Stowe, onde ela explica  o que são na realidade os 12 macacos. Só por isso não vai ganhar 5 sanguinhos!

Hoje um pouca antes de escrever minha crítica eu estava zapeando no Twitter e uma noticia da Folha de São Paulo me chamou atenção "Morre o produtor de cinema Lloyd Phillips aos 63 anos" ao ler a notícia, vejo que ele é nada menos que o produtor de Os 12 macacos, que coincidência terrível. Credo!


domingo, 27 de janeiro de 2013

A morte do demônio





O que seria dos filmes do terror sem a velha estupidez humana?
Esse filme é uma completa sequencia de "essa seria a coisa mais imbecil que uma pessoa poderia fazer nessa situação"... e é claro que os personagens não decepcionam.

HAHAHAHAHAHAHA!
Agora sim! Falamos de Sam Raimi fazendo filme de terror, ou seja, isso vai ser bom!
Sabe aquela aura trash? Muita tosqueira e sangue jorrando?
Pois é isso que temos aqui! E esse, diferente dos outros filmes da série, é realmente um terror. Totalmente recomendado!


Terror anos 80, que beleza!!!
Que assustador!!!
Quanta coisa de embrulhar o estômago!!
Quanta groselha! Quanta meleca!
Pronto! Contei o filme todo kkkk
Destaque para ótimos planos com a câmera tortinha, gosto muito!
Divertido, ótimo para o domingão!







Grandes esperanças (1998)



Na torcida durante todo o filme para que a história de amor não desse certo. Os personagens não me cativaram de jeito nenhum. 
Não que a história seja ruim, pelo contrário, a adaptação não foi boa e os atores não funcionaram.
Só mesmo o Robert de Niro para salvar um pouco do desastre completo.
Destaque para escolha da cor verde. Nos olhos dos personagem, no tratamento das imagens e no figurino.








Meu pensamento nos primeiros minutos: "Caracas, Robert de Niro fazendo papel de bandido. Vejo potencial".
Mas... a minha "grande esperança" de um filme maneiro foi indo e indo, até que foi.
Realmente não me agradou muito.
Apesar da revelação interessante no final, foi pouco.
Esse passou batido. Tive até que perguntar pra patroa que filme foi esse mesmo pra conseguir escrever sobre ele. Se durou tão pouco na memória, não deve ser grandes coisas.
Os sanguinhos são só pro Robert de Niro. Humpf!




The King of Kong: A Fistful of Quarters






O que esperar de um documentário sobre dois caras que disputam para ver quem fica com a maior pontuação no jogo Donkey Kong?
Ok, sou nerd. Bom, isso não é novidade.
E gosto de vídeo-games e outras nerdices. Mas, eu NUNCA imaginei que algumas pessoas podem levar certas coisas tão a sério como vimos nesse filme.
E não é que conseguiram fazer um documentário muito interessante sobre isso. Realmente agradou mais do que eu imaginava... Acho que até a patroa se divertiu muito com esse.




Nerd. Nerd. Nerd. X 1000
Gosta de vídeo games? Já jogou Fliperama? E recordes? Quantos recordes você tem? Você já se gabou de seus recordes para alguém? Já elevou isso ao extreme?
Pois é... é isso que você pode esperar desse documentário. De um lado um nerd arrogante (Billy Mitchel) com um recorde impossível de ser batido, do outro um nerd gente boa (Steve Wiebe) com uma missão bater o recorde imbatível. O filme nos conduz a criar uma relação afetiva com com Wiebe, e até o final você torce por esse homem, ao mesmo tempo você deseja todo o mal para Mitchel, como se você estivesse a ponto de bater o recorde também.
Bem legal, vale a pena ver. As horas que você passou com um Joystick na mão não são nada, perto desse malucos.



Amor sem escalas




Um filme sobre solidão e ambientes corporativos. Duas coisas que eu odeio.
Filme triste do meu ponto de vista. Desgraças da modernidade.
Não consigo expressar nada sobre esse filme, nada me comoveu, nada me prendeu, assim como a vida do personagem de George Clooney preso a nada.
Sem mais palavras!







Opa... comédia romântica, pensei eu quando a patroa escolheu o filme.
Que nada... puta filme triste do caramba.
Não vou comentar muita coisa pra não estragar, caso alguém queira ver, mas, eu sinceramente esperava algo MUITO diferente. 
Os curiosos podem ler o meu último pensamento selecionando o texto invisível abaixo. Quero dizer, não tem spoiler nenhum, mas, pode estragar o final do filme.

Devia ter parado de ver o filme lá pela metade... na minha cabeça o final seria muito mais legal.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Filho da noiva




Existe algo em Ricardo Darín que me encanta e me arrepia, a forma como ele dá vida aos personagens me leva completamente a catarse junto com seus personagens. 
Ele faz com que a vida de um homem simples seja de uma grandeza e profundidade imensurável.
O Filme é belíssimo a história apesar de ser contada com suavidade é de uma introspecção sem tamanho.
Poderia ser a vida de qualquer um e ao mesmo tempo só é um argumento de cinema.





Parabéns pra esse Ricardo Darín. Ele tem sorte e um talento para escolher apenas papéis bons que é impressionante.
Acho que nunca assisti a um filme dele que não tenha me agradado... e muito.
Não é diferente com esse "Filho da Noiva".

Ainda não caiu muito a ficha, sabe?
O filme é triste, mas, é muito bonito.
No final, só sei que caíram alguns ciscos nos olhos da patroa e acho que um deles acabou caindo nos meus.


Fúria de Titãs





Já dizia Calvin "A vida fica bem mais fácil se você mantiver as expectativas baixas", ou algo assim.
Isso, com certeza, ajudou muito esse Fúria de Titãs (2010).
Claro que, ainda assim, as coisas não são perfeitas. Digo, algo que me incomodou no outro filme, aquela leeeeentidão pras coisas acontecerem, aconteceram ao contrário aqui. 
Tudo tem que ser resolvido tão rápido que não é preciso se incomodar em dar um pouco de sentindo em algumas coisas que acontecem. 
Calma, sei que estamos falando de um filme baseado em mitologia, mas, refiro-me a um roteiro sem tantos furos.
Bah, paciência! Os efeitos são muito bons e no final das contas nos divertimos bastante com esse filme.


Bem melhor do aquele dos anos 80, lógico que com uma ajudinha da tecnologia, tudo fica mais fácil. Alguns ajustes na história. Cortaram também o blá, blá, de mitologia, atores melhor selecionados e pimba, deu certo.
Alguma elipses incomodaram o marido, mas pra mim não.
Só fiquei triste porque cortaram da história a corujinha Bibo, quer dizer fizeram uma piadinha com ela e só, poxa eu gostei da participação dela no primeiro filme.
Gostei dos escorpiões, e a forma como eles apareceram, no primeiro filme isso tinha me convencido, agora sim ajustado.
Mas a minha nota é a mesma.



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Django Livre



Sem palavras, sem folego! O tempo passou o filme acabou e a chama do Tarantino continua acessa.
Eu tenho medo de acabar falando aqui coisas sobre o filme e acabar prejudicando quem não viu ainda.
E também qualquer coisa que eu disser vai ser suspeito, eu amo esse cara.
Podem falar o que quiser dele, nada vai mudar minha opinião.
Tarantino conseguiu e somente ele poderia descascar a ferida e cutucar o sangue do que é o lado mais fétido da história americana. Só ele pra fazer uma sala de cinema inteira rir da imbecilidade da Ku Klux Klan.
Só ele para fazer uma cena tão violenta e esse violento estar atrelado ao lado mais sujo de um ser humano, que é o de submeter a outro a condição de animal e se divertir com isso tudo.
Di Caprio mais uma vez mostrando que é um Ator com A maiúsculo e dando um show de interpretação.
E claro Christoph Waltz, que não precisa de detalhes sobre o que ele foi capaz de fazer, ele é simplesmente O cara, que deu cara, corpo, voz e espírito mais uma vez a um super personagem.
E finalizando Jamie Foxx que deu vida a um Django, muito mais do que livre, um homem bruto e sensível que não fez só explodir o Tarantino mas como a todos no cinema.





É, o Tarantino conseguiu de novo!
Sinceramente não senti que ficamos quase três horas sentados enquanto eramos completamente absorvidos por esse Django Livre.
Sim, o filme é violento. Muito violento. Mas, quem está acostumado com a violência Tarantinesca acaba entendendo (muito sangue, miolos e exageros). Particularmente não sei porque as pessoas ainda se preocupam em dizer que os filmes do Tarantino são mais violentos do que deviam. Oras, não assistam se não querem isso, ou vai dizer que alguém que conhece ele não sabe dessa condição em seus filmes?
Quanto as atuações. Putz grila!
Todas as atuações são perfeitas... mas, espero realmente que o Tarantino tenha encontrado em Christoph Waltz o seu "Johnny Deep".
Filme PERFEITO!