segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Escuridão mortal




Veja como são as coisas... estávamos eu e a patroa assistindo a "Os Simpsons" no sábado a noite na Bandeirantes (é, pra quem não tem tv por assinatura, tivemos muita sorte). Aí, entra a propaganda do filme que passaria na sequência.

E vejam se isso não chamaria a atenção de vocês: "zumbis vampiros infectados num filme com Steven Seagal". Se isso não te chamou a atenção ou você está morto por dentro ou... bem, você é sensato e está no time da patroa, porque me chamou MUITO a atenção. Lembro que falei: "Caramba, um filme com zumbis e Steven Seagal... a gente PRECISA ver isso!".

O fato é que a Bandeirantes, numa jogada de mestre, deve ter comprado toda a filmografia do Steven Seagal, porque eles passam com frequência filmes do ator.

E é um cara diferenciado, com certeza. Ele atua como um escorpião, pronto para dar o bote. Steven chega em um lugar cheio de bandidos com seus braços cruzados, então, quando um fora-da-lei chega perto dele:
"BUM" - tome-lhe uma munhecada no meio da fuça. Aí vem outro e: "POW" - dá-lhe uma chapuletada no plexo!

As pessoas falam muito da escola de atuação do Wolf Maia, mas, eu realmente me interessaria por uma escola de atuação do estilo Steven Seagal!

Quanto ao filme... o que dizer?
Atuações: o que é isso? Temos o Steven Seagal.
Roteiro: pra que? Temos o Steven Seagal.

É uma pena que o filme baseado na atuação e presença do Steven Seagal o use tão pouco.
Nas poucas vezes que aparece, ele está andando misteriosamente com mais três companheiros , que mal falam, em um hospital que está sendo usado como refúgio dos outros personagens do filme.
Mas, é nessas poucas aparições que temos os momentos mais empolgantes do filme.
A primeira frase que ele soltou foi: "Nós não estamos aqui para dizer o que é certo ou errado, mas, sim para dizer quem vive ou quem morre" Shakespeareano, né? E essa outra aqui: "Nós temos que fazer o que fazemos: nós caçamos, matamos e depois partimos". Isso é pura poesia para nossos ouvidos.


Mas, quando Steven não está em cena o filme é fraco demais. Os vampiros zumbis infectados são patéticos e o resto do elenco é bizarro. O roteiro inexiste. Quer ver do que estou falando? A próxima parte contém spoilers e não vou nem me dar ao trabalho de pintar pra esconder o que acontece:

Vejam só: quatro pessoas entram no tal hospital, que na teoria é um lugar seguro, aí eles encontram duas pessoas que estão lá. Então eles planejam sair do hospital que está sem recursos e cujo gerador de energia deve parar de funcionar a qualquer momento. Então, o que eles fazem ao invés de voltar por onde entraram para sair? Eles começam a entrar pelos corredores intermináveis e cheios de vampiros zumbis! O filme deveria ter 5 minutos: eles entram no hospital, percebem que não tem nada além de perigo lá dentro e voltam pela porta por onde entraram. The end!

Só fica um pensamento... foi um desperdício enorme de talento do Steven Seagal.

Para o Steve Segal:

Para o filme:




Quando o marido diz: "Caramba, um filme com zumbis e Steven Seagal... a gente PRECISA ver isso!" a unica coisa que me vem a cabeça é devo fingir que estou em coma a partir de 3, 2, 1...

Mas como sou uma ótima esposa eu assisto afinal de contas acho que em algum moimento eu ouvi o padre dizendo "na alegria, na tristeza, nos filmes bons ou ruins... Se bem que não sei ao certo se o padre disse isso ou se o marido anda implantando isso na minha cabeça. Pois bem, vamos a pérola de sábado a noite.

A primeira coisa que você precisa saber sobre esse filme é: assista como se não houvesse nenhum outro filme de zumbis no mundo e o que você terá é uma comédia ruim.
Quando você pensa que já viu os piores filmes do mundo é por que não viu nenhum do Steven Seagal, começa por aí. Da que o brutus resolve fazer um filme de zumbis, por que não?

O filme só não vai zerar o sangue por conta das frases de efeito, o que seriam dos filmes de brutamontes sem as frases de efeito.

Ahhhh, as frases de Seagal... memoráveis trogloditagens...

Selecionei algumas pérolas para vocês: 

"Nós não estamos aqui para dizer o que é certo ou errado e sim para dizer quem vive, ou quem morre!"

"Se formos os únicos que sobraram, sabe o que isso significa? - O quê? - Significa que somos os monstros agora!"

"O ruim da sorte é que você não sabe quando ela acaba."

Filme vai, filme vem e porra nenhuma faz sentido, daí o marido vira para mim e diz "Tem algumas coisas que estão me deixando em dúvida a respeito desse filme", lógico que a minha resposta foi o silêncio.

E eu explico por que não faz o menor sentido. Imagine você que é o primeiro dia de um estágiario e você entrega na mão do infeliz a decupagem do filme, uma pilha de papéis com as sequencias e os apontamentos de diretor (se é que existe isso em algum filme do Segal), daí o maledeto tropeça na porta da sal de edição e voa papel para o alto, que cai lentamente esparramando-se na porta dentro, porta fora. Daí sensato que é o editor diz, vamos colocar em ordem esses papéis (só que a porcaria não está numerada), eles então juntam esses papéis do jeito que dá e o filme fica pronto, ninguém checa, isso vai parar sábado a noite na televisão e quem não tem tv a cabo e nem vergonha na cara acha que vai ser bom ver...




 

O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos



Sou fã da mitologia de J. R. R. Tolkien, então, não imaginei ter que escrever o que vem a seguir, mas, o Peter Jackson tornou tudo muito fácil pra mim. >:(

"Whataheel" PJ... onde você estava com a cabeça?
Eu já sabia que teria muita coisa no filme que não estava no livro, afinal, mas essa não era a minha preocupação. Tanto que achei o primeiro filme muito bom.

Mas, o segundo filme foi tão decepcionante que as minhas expectativas para esse terceiro eram baixíssimas. Isso facilitaria para que eu gostasse dele, mas, não foi bem assim.
Foram tantas coisas que foram me tirando do filme aos poucos até o ápice numa cena do Bilbo que me deixou revoltado.

SPOILER A SEGUIR, para ver o que estou falando selecione o texto, ou, continue lendo o que já está visível.

Como é que podem orcs serem derrubados por pedras atiradas pelas mãos do Bilbo? Ele tem que ser MUITO forte pra isso, além de ter uma pontaria impressionante para acertar no ponto certo das criaturas. E ele faz isso mais de uma vez... WTF PJ, WTF!!!! Essa, apesar de outras partes, me tirou completamente do filme. E ainda tem um Légolas pulando em uma escada de pedras caindo... vai ser ninja assim lá na PQP. Em uma cena os orcs são mega fodões para serem mortos e em outra uma simples passadinha de espada é capaz de derrubá-los facilmente, mesmo esses estando vestidos com armaduras.

Ok, o filme é uma porcaria completa? Não... é simplesmente uma aventurinha bem "maisomeno"... o problema é que eu esperava muito mais dessa trilogia.
Ainda bem que acabou.

Alguém dá alguma outra coisa pro PJ filmar aí que ele tá precisando largar a Terra Média de lado URGENTE!
 
Caro amigo Peter

Sei do seu amor e da sua competência na sétima arte. Você nos deu de  a trilogia do senhor dos Anéis (amem ou odeiem isso que vou dizer, é bom!), não sou Tolkien fanática, mas o Hobbit poderia ser um filme só de 3 horas, no máximo três horas e meia, ok?

Peter desapega do mundo Tolkien, tira umas férias, repense a vida, tome uma cerveja. Chega, tá? Não força a amizade.

Amor, Marcia.




Whiplash




Intenso, barulhento, provocador.

A perfeição causa dor, o crescimento causa dor. Como ser o melhor como ir além todos os dias? O que difere um vencedor de um perdedor?

O difícil é o limiar da busca pela perfeição, da insanidade.

A história nos cerca desses seres que querem ir além e se esforçam e vão além do limite físico para isso. Eu fiquei me perguntando será que esse cara mereceria ter o nome dele no hall da fama do jazz? Por que para mim um grande artista não exige esforço ele é nato, ele não precisa sangrar, ele acontece puramente pela alma. Porém um talento não provocado ele é só um cara bom em alguma coisa. (me coloquei no lugar do baterista, a resposta que eu tive me colocou na dúvida), fato é que é um filme muito bom.

Será que vale a pena? Ver o filme vale, cada segundo!

5 sanguinhos e muito, muito esparadrapo.





Whiplash é um daqueles filmes que se você acabaria deixando passar por não ser um blockbuster ou pela falta de um ator mais famosão, infelizmente.
Bom, na verdade, pelo que tenho lido, é capaz que isso não fosse acontecer aos mais interessados, pois deve render algum Oscar por atuação. O globo de ouro já contemplou o ator J.K. Simmons com o prêmio de coadjuvante, então, isso deve acender alguns holofotes a mais ao filme.

Muito merecido, de fato, porque esse filme é simplesmente fodástico!
Whiplash conta a história de um estudante de bateria em um reformatório que encontra um professor linha dura que o confronta a cada momento (desculpem pela sinopse sessão da tarde). A cada batida de baqueta um momento de tensão e é assim que o filme segue, do primeiro segundo ao último.

Ok, lendo assim pode não ser uma história nunca antes contada, mas, a forma como isso acontece é fantástica.

Aliás, as atuações são um ponto fortíssimo no filme, além do já citado J.K. Simmons, o seu antagonista vivido pelo Miles Teller é impressionante.

Independente do seu gosto musical, esse filme precisa ser visto... e o final... PQP!

Cinco baquetas com louvor!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Por uns dólares a mais

 


E logo após assistir a "Por um punhado de dólares", vimos também sua sequência: "Por uns dólares a mais".
Começo aqui deixando uma pergunta: Você sabe por que os moradores do velho oeste usavam chapéu? A resposta vai no final da crítica.

Enquanto isso, começo dizendo que que gostei mais desse do que o primeiro filme. Não que o outro não seja excelente... longe disso.
Aqui, a história mostra dois caçadores de recompensas atrás de um mesmo bandidão e sua gangue... e essa gangue tem muita gente malvada mesmo. Eles riem das maldades que fazem... gargalham na verdade. E se você quiser saber o quão mal um bandido pode ser, que termómetro melhor do que esse?

E outro detalhe... se hoje é possível traçar todo um mapa hidrográfico na cara de Eastwood isso começou nesses westerns. Em absolutamente todas as cenas ele está franzindo a testa e com aquele olhar meio aberto e meio fechado que os "badasses" do velho oeste precisam ter para serem respeitados. Rugas, meu povo, era necessário ter muitas rugas naquele tempo!

Claro que esse filme merece mais cinco cigarros mastigados pelo Eastwood... esse cara é muito "modafoca"!

Ah, e eles usavam aqueles chapelões para poderem fumar na chuva! É por isso.




Créditos iniciais

"Aonde a vida não tem valor, a morte, às vezes tem seu preço. Por este motivo surgiram os caçadores de recompensa."
 
Um dos maiores clichês quando se fala em velho oeste é a tradicional parada do piano quando um desconhecido adentra o Saloon. Ahhhhh isso é demais.

É impressionante como no velho oeste se arrumava briga por nada, apenas por diversão. (é que não havia muito o que fazer por lá, não é mesmo? Então vamos nos divertir e dar uns tiros).

Primeiro e grande questionamento do filme. Por que existe curva no deserto?

Uma pause e... Por que os russos são tão maus? (não há russos no filme mas valeu a pausa para discutirmos essa questão antropológica.

Mais uma pausa e ... Ainda tem salgadinho aí?

E por que não pausa. "Meus vizinhos cantam o dia inteiro!" Esse é nosso amigo Mac. Ele precisava externar sua indignação.

Mas seguir com o filme? O que me mais gostei nesse filme foi o duelo de tiro no chapéu. Principalmente o efeito sonoro quando o ultimo cai. (começa aos 54 minutos de filme).

Bang, bang, bang, pra ocês.

Me desculpe mas vou na contra-mão de todo mundo, eu gosto mais do primeiro.








domingo, 11 de janeiro de 2015

Por um punhado de dólares

 






Nada melhor do que retornar ao blog do que com quatro amigos, 99 minutos de filme, cinco pacotes de salgadinho, 1 pacote de pão de queijo,  algumas cervejas, uma taça de vinho e refrigerante (porque o marido não bebe). 

Prepare o cigarrinho do lado esquerdo da boca.
Toca o sino, é morte na certa, prepare dois caixões!

A música de Ennio Morricone anuncia a matança vai começar.

Já pensou que uma traquitana de cavalo de tróia poderia servir em um Western? Pode sim, e se fez. (spoiller sim, por que não? É filme antigo, é sua obrigação assisti-lo).

Genial, define não só por ser um clássico mas por todas as soluções cinematográficas que esse filme traz. Planos lindíssimos. Planos detalhe e closes que te fazem sentir parte de um duelo barbudo, em um ambiente bruto e hostil.

"Mano" é tiro comendo e "homi" barbudo rindo rapaz. Testosterona pura. Não é para os fracos.

Clint eastwood, e seu olhar apertadinho só esperando a hora de mostrar o quanto seu gatilho é rápido e vamos lá, é bom do início ao fim. Recomendo.

Nada disso rapaz, são três caixões.

Minha nota é pelos sangue derramado dos "mortos corpos" do filme.




Olha a gente de volta por aqui... menos malucos do que há dois anos atrás (não estamos prometendo mais ver 365 filmes por ano, já vimos que é difícil). Acho que será divertido de qualquer forma. Então, vamos lá...

Lembro de quando era criança e eu e meu pai assistíamos aos Westerns. E hoje, ao assistir aos filmes clássicos do estilo, percebo o motivo de tanta fascinação.

Esse BANG-BANG, como eu era acostumado a chamar tais filmes na infância, tem tudo o que se espera de um bom filme do genêro... caras mal-encarados, tavernas sujas e perigosas. É... o velho oeste não era lugar para qualquer um mesmo.

Agora um pouco sobre a obra... esse é o primeiro filme da trilogia dos dólares estrelado por Eastwood (ele é o cara). Uma história simples, com ideias mirabolantes, um pouco de sangue (podia ter mais se os tiros fizessem o estrago que deveriam fazer) e uma mostra de como o cabra tinha que ser macho mesmo pra sobreviver a um lugar tão hostil.

Cinco BANGs pra essa pérola.