quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Amor





Esperava mais do filme (com relação a história, eu imaginava que os dois fizessem reflexões a cerca da vida que tiveram juntos, esperava até algumas discussões de relacionamento...).

Porém a atuação de Emmanuelle Riva, supera tudo.
A história se passa de forma lenta, a ponto que parece que adoecemos junto com ela, e ao mesmo tempo sofremos ao lado de seu marido a cada desafio.

Me chamou atenção a pomba, que para os católicos simboliza o espírito santo e aí culmina com aquele ato ( na minha visão hediondo)  do esposo, colocando em contradição aquela simbologia. 
Sinceramente para mim não foi um ato de amor, mas como alguns dizem que amor e ódio caminham juntos... que pensem assim então.

O filme havia me prendido até então depois desmoronou na minha cabeça.

Creio que Emmanuelle Riva merecia ter ganhado o Oscar, pois sua atuação foi sensível demais, vivenciar toda aquela catarse não deve ter sido nada fácil. Passar tão verdadeiramente a eminencia da morte e nos fazer refletir ao lado dela, um prêmio seria pouco, minhas reverencias a grande dama Emmanuelle Riva.

Eu mudaria o nome do filme para sofrimento.




Pesado e lento, do início ao fim.
O que temos nesse Amor, é um filme que conta com o trabalho excelente dos atores, principalmente do casal vividos por Emmanuelle Riva (merecidamente indicada ao óscar de melhor atriz) e Jean-Louis Trintignant.
O filme acompanha a rotina do casal de idosos até que a mulher sofre um derrame e a partir daí vemos a devoção dele no acompanhamento da esposa.
E... é isso.
Eu, particularmente, não tenho muita paciência com filmes parados. E esse é assim. Paradão, até fiquei surpreso que aguentei até o final.
A patroa - com seu olhar esperto para filmes, detalhes e simbolismos - deve ter captado muitas coisas nesse e eu "uma pedra".

Não consegui perceber uma movimentação de câmera sequer. Ela era posicionada e ali ficava até um corte ou mudança de cena.
EU não gostei do filme e vou dar a nota apenas por causa das atuações (um sanguinho pra cada um do casal)... Pelo menos não dormi.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O lado bom da vida



Ai que lindo.
Amei, que filme delicado, para personagens tão psicóticos. Amei do inicio ao fim.

Jennifer Lawrence fez uma viúva ninfomaníaca impecável, maravilhosa.
Bradley Cooper, mostrou que não somente um ator de comédia, mas também excelente em papel dramático.
Pra mim é um filme para ter e rever.

O momento em que eles recebem a nota pela dança pra mim é o ponto alto do filme, hilário e emocionante.
Outra cena que vale destacar pé quando o personagem de Cooper invade o quarto de seus pais interpretados por Jacki Weaver e Robert De Niro.






Que filme legal de ver e que belas atuações.

Nesse O lado bom da vida, acompanhamos um homem que recebe alta da instituição psiquiátrica que ele estava internado após ter "problemas" em seu casamento.
E quando sai sua única vontade é reencontrar sua esposa e tentar voltar.

Tá, com essa minha sinopse, pode parecer apenas uma comédia romântica enlatada, mas, não é. E acredito que o grande mérito disso sejam as atuações.

Acho que só havia visto um filme com o ator Bradley Cooper que foi o primeiro Se beber não case e não tinha parâmetros para saber se era um bom ator (se vi algum outro acabou caindo no esquecimento).
Mas aqui o cara manda muito bem.

Temos Robert de Niro, como pai do personagem principal e apostador cheio de superstições.

Além de Jennifer Lawrence, que ganhou o Oscar de atriz por esse trabalho.

Enfim, um excelente filme, daqueles que faz você se sentir bem e ficar com um sorriso idiota no rosto quando termina.






domingo, 24 de fevereiro de 2013

Batman - O cavaleiro das trevas - 1º Parte (Animação)




Quando a história é boa, não importa o jeito ou a mídia que ela será contada.

Essa nova animação do Batman, dividida em duas partes, conta provavelmente uma das mais impressionantes histórias do Homem Morcego, o clássico "O Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller. 
Se você já leu os quadrinhos, não perca a oportunidade de assistir a esse desenho animado... é simplesmente fantástico.

O roteiro segue a mesma ideia dos quadrinhos, Batman aposentado e Gotham na merda.

O que me deixou mais feliz foi o respeito com que os produtores trataram essa história. Várias sequencias são idênticas a passagens da HQ. 

Tecnicamente acho que poderiam ter um pouco mais de carinho, mas, isso não tira o brilho dessa primeira parte.






Vestirei a capa do senso comum e direi, quando a história é boa, não precisa de nada, não é necessário  milhões de dólares, atores famosos, super produções, efeitos especiais, e foi isso que esse filme veio nos dizer.
Quem é fã sabe do que eu estou falando.
Senti falta de um brilho nas imagens, um preto mais preto, intensidade, sabe? E só. De resto, bom.





The Paperboy




Poderia ser um bom filme, mas não foi.
A história poderia ter sido boa, mas não foi. Ficou cansativo.
Poderia ter sido contado em menos tempo, mas não foi.
Poderia ter tido uma estética legal, mas se perdeu.
Eu poderia ter gostado mais, mas não deu.
O filme tem um lado bom, os personagens.

Zec Efron, pelo amor de deus, volta para High School (piada), teve um personagem bom porém o ator deixa desejar...
John Cusack, por você o filme valeu a pena, e fez valer os minutos que eu perdi vendo.
Dona Nocole Kidman, esse papel lhe caiu feito uma luva, mas por favor, pelo bem da humanidade e da elasticidade da sua pele, pare de por Botox, chega tá? Fica a dica Nicole!






Vou resumir o filme que EU vi.
Lá pelos 10 minutos eu estava meio perdido... aquilo não estava fazendo sentido. Aí, de repente, zzzzzzzzzzzzz. Os vinte minutos finais pareciam ser interessantes... na verdade, acordei porque estava uma gritaria que me incomodava.

Claro que assistindo aos primeiros 10 minutos e depois aos últimos 20 não tinha como entender absolutamente nada mesmo. O que eu sei é: temos o John Cusack fazendo um papel que me impressionou (nos últimos vinte minutos, pelo menos. Afinal, ele não apareceu até antes de eu dormir) e uma Nicole Kidman com um quilo de massa corrida na cara (alguém avisa pra ela que a movimentação dos músculos faciais é importante para uma boa atuação, por favor).

Bom, se o filme tivesse me atraído desde o começo eu não teria dormido, mas, o final estava interessante. 
Então... nenhum sanguinho pelo começo e três sanguinhos pelo final. Ficamos na média dos dois, vai.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A prova de morte





Não achei ruim, mas, é Tarantino Pô... tinha que ser, no mínimo, EXCELENTE!
Serei sincero, os primeiros trinta minutos de filme se arrastaram. Era um converseiro que não puxava a atenção, diferente os diálogos que o Tarantino está acostumado a fazer em seus outros filmes.
A conversa de Cães de aluguel sobre a Madonna, ou o diálogo sobre o quarteirão com queijo de Pulp Fiction, aquele comecinho "fecha esfíncter" de Bastardos Inglórios.
Mas, acho que está aí... nesses outros filmes, o diálogo te preparava para um momento tenso, o que não acontece nesse À Prova de Morte, porque a conversa ia, ia e ia, mas, não levava a lugar nenhum.

Sobre o filme, acompanhamos um cara que segue e escrotiza mulheres com seu carro. Basicamente é isso.
Aliás, as cenas de perseguição de carro são simplesmente de cair o queixo. O primeiro ataque do psicopata vivido por Kurt Russel - perfeito no papel - é de bater palmas de pé. E é depois disso que o filme fica mais interessante, tem uma participação do Xerife de Kill Bill. Até a perseguição final que não tem o que falar... é mais do que perfeita, é uma recompensa pelo comecinho lento.




O que mais gostei foi um extra do Bluray onde Tarantino se diverte feito criança nas gravações, e lógico ver como tudo foi feito à moda antiga.

O filme está longe da minha lista de favoritos.
A cena das garotas se vingando na estrada é simplesmente demais de bom.
Porém o Tarantino errou a mão no que ele mais sabe fazer, os diálogos, simplesmente não gostei, longos e não diziam nada.
Os diálogos das meninas são surreais, são diálogos masculinos em vozes femininas, pois eu nunca vi mulheres conversando daquele jeito sobre homens... bem quer dizer, certa vez eu estava na academia e algumas meninas conversam daquela maneira, isso já tinha sido constrangedor o suficiente pra mim, não gostei.

A estética do filme é bacana, outra coisa que é bem forte no Tarantino, a trilha também me decepcionou, salvo para uma das cenas que toca o celular de uma das garotas (Assistam, eu não vou contar que música era).
Bom é meu mestre mais eu não vou dar nota máxima dessa vez.



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Tudo pode dar certo



As temáticas repetitivas de Woody Allen em mais uma comédia romântica dessa vez com Larry David vivenciando um delicioso rabugento.

Eu tenho quase certeza que toda vez que Allen escreve um personagem assim é como se fosse ele próprio, eu o imagino assim, um velho excêntrico e rabugento.

Quem já leu algum livro de contos de Allen já percebeu que ele recorre sempre a mesmos temas, casais em crise, moça ingenua, Nova York, videntes, sexo, velho que se apaixona por mocinha ingenua, artes em geral, vernissages, e lógico um neurótico  .... yada, yada, yada.

Esse filme em especial essa combinação deu uma liga muito bacana, acredito eu que por conta de Larry David. Filme gostosinho de assistir.

Como sempre os diálogos são maravilhosos, isso ele sabe fazer como ninguém.

O marido não gostou da atuação de Evan Rachel Wood, mas eu achei que ela foi perfeita para o papel "loira burra".







Bom, depois de cinquenta e tantos filmes, voltamos ao Woody Allen.
E, para a minha surpresa, dessa vez gostei bem mais do filme.
Na verdade, acho que um dos principais motivos para isso é o personagem principal vivido por Larry David, um dos cérebros por trás da série Seinfeld. Ele consegue ser mais rabugento do que meus personagens preferidos de Clint Eastwood.

Já a atriz principal me incomodou. Evan Rachel Wood parecia manter sempre uma mesma expressão. Sobrancelhas arqueadas para mostrar fisicamente como ela é ingênua? E as chuquinhas? Sério mesmo que essa foi a melhor ideia que tiveram para mostrar que ela era uma garota do interior sem tanta vivência só podia ser mostrada assim?

Tinha que começar com as atuações, pois foi o que mais me agradou e incomodou.

Sobre o filme, acompanhamos o personagem do Larry David, o rabugento da história, retornando para sua casa e dá de cara com a menina ingênua do interior que está com fome e morando nas ruas. Ela o convence a deixar morar com ele e a partir daí começa a história, sem spoilers.

O filme é bem divertido... levezinho e engraçado. Recomendo.







quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Detona Ralph




Sinceramente eu esperava um pouco mais do filme cujo as melhores cenas estão no trailer.
A criançada vai gostar e os papais também.
É uma aventura gostosa de assistir, principalmente para quem gosta de games.









Há tempos as animações deixaram de ter como público alvo apenas as crianças.
Acho inclusive, como é o caso desse Detona Ralf, que muitas das piadas e citações não serão entendidas por pessoas com menos de 25 anos.
O saudosismo que o filme causou foi muito legal.

A história não é inovadora... personagem que se sente deslocado no meio onde vive, mas, as citações a games antigos (quem aí lembra da senha da Konami: cima, cima, baixo, baixo...?) trás um sorriso no rosto de quem viveu naquela época em que a imaginação tinha que superar as qualidades técnicas dos videogames. Os easter eggs também fazer a alegria dos espectadores mais atentos.

É uma boa pedida.






This is Spinal Tap





Este Documentário, ou melhor Rockumentario, acompanha a turnê da banda Spinal Tap pelos Estados Unidos e vai garantir ótimas risadas.... principalmente se você gostar de Rock.
O filme brinca com diversos clichês de bandas de Heavy Metal - as letras das músicas são hilárias - e conta com atuações excelentes de todos os atores.
O estilo documental se encaixa perfeitamente na proposta e permite que os atores improvisem muito.

Gosta de Rock? Assista!




It´s rock and roll baby!!!

Hilário e absurdamente bom. Mockumentary da banda fictícia mais legal dos últimos tempos.
Já assisti esse filme tantas vezes e é sempre legal.

A destaque para cena onde os integrantes se perdem nos bastidores para chegar ao palco!
E também para a cena em que um dos integrantes briga com o empresário pelo tamanho do pão do sanduiche servido no camarim.

Qualquer semelhança com fatos reais não é mera coincidência.



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A Viagem - Cloud Atlas




Meus parabéns para as pessoas que dão nomes aos filmes em português, de que droga ou poção do inferno vocês tiraram " A viagem".

Bom, deixando minha revolta de lado, meu resumo: Seis filmes e um nó na cabeça e.... BuUUuUuuMMmmMmM. Minha cabeça explodiu.

Conversar com os irmãos Wachowski deve ser uma ação psicodélica das mais profanas e profundas que podem existir. Somente eles para fazer uma história como esta.

Filosofia? Religião? Ciência? Não há como descrever com uma só teoria o que é esse roteiro, uma imersão no universo determinado por carmas.
Ações que determinam sua vida no presente e no futuro. Tudo isso por si só já faria do filme um filme brilhante, e não é só isso. Não é um filme para ser assistido somente uma vez, aliás deve-se se fazer mais vezes, tem muito detalhe e são esses detalhes que fazem a diferença. Veja o filme sem esperar o momento que essas histórias se unirão, assista-os de forma independente e seu prazer de vê-lo será maior. O que une as histórias são as sutilezas.



6 filmaços pelo preço de 1.
Essa é a sensação que eu tive enquanto assistia... e é difícil falar sobre ele.
Afinal, demora um pouco para você se situar e entender o que está acontecendo.

Visualmente o filme é um espetáculo. Como as histórias se passam em épocas diferentes, todo o trabalho para que você consiga se situar em cada uma dessas épocas é impressionante. Tecnicamente o filme é perfeito.

Aliás, brilhante também a maquiagem. Cada ator tem lá pelo menos três papéis diferentes e em alguns casos estão irreconhecíveis.

As histórias, apesar de independentes, estão relacionadas e a forma como esse vínculo foi formado é que dá grandeza a esse filme.

Esse fim de semana foi bom... ótimas escolhas!





Argo





Caracas!
Ben Affleck, diretor e protagonista, está de parabéns por esse excelente Argo.
Que filme legal e tenso, principalmente sabendo que foi baseado em fatos reais.

Aliás, não fossem as documentações, seria difícil acreditar numa história tão louca.
O filme mostra a tentativa do governo americano em recuperar seis americanos que fugiram da embaixada que estava sendo invadida no Irã e se refugiaram com o embaixador canadense.
Para isso, eles usam a ideia de um agente da CIA de produzir um filme fictício que usaria o Irã como locação e fazer de conta que os refugiados americanos fazem parte da produção.

É ou não é maluco e brilhante?


Entrou na minha lista de filmes preferidos!





Ben Affleck, é um galã, ok todo muito já sabe. Agora diretor? Sim diretor, e sim, bom pra caramba.Filme perfeito em tudo, roteiro, direção, fotografia, textura, figurino, direção de arte PERFEITA. Esse é o filme. Merece muitas estatuetas. Se esse história não tivesse acontecido, seria difícil acreditar nela, e aí o filme seria ruim, mas saber que tudo aconteceu mesmo, faz toda a diferença e esse é o grande charme que faz do filme um espetáculo. Ahhhhhh Ben Affleck atuando muito bem para completar meus elogios.